segunda-feira, 18 de março de 2013

The Sky's Diary - Welcome to my Fucking Life. (Cap.1)

Ela teve sua vida mudada de uma hora pra outra; Ele sempre foi o covarde que é. 
Ela continua tendo em seu coração o sentimento de pureza; Ele nem liga para o que as pessoas pensam. 
Ela é doce; Ele é rude. Ela é inocente; Ele é malvado. 
...Será?


Sky Narrando.

Minha vida está um tédio desde que me mudei pra essa bosta de cidade chamada Atlanta. Para várias pessoas isso aqui é um paraíso, mas para mim não. Eu vivo trancada no meu quarto e nem saio de casa por causa do fato do meu pai ser um alcoólatra imbecil. Minha mãe morreu a dois meses e meu padrasto – que também é outro imbecil – não quis que eu morasse com sua família perfeitinha e me manda pra cá. Bom, deixe-me explicar direito essa história dele encher a cara todos os dias: Eu nasci em Dallas, mas a família do meu pai é de Atlanta, então quando meus pais se separaram ele voltou pra cá. Desde então, vive bebendo, bebendo e bebendo... Isso começou quando eu tinha 16 anos, que foi a época da separação deles, e ele nunca mais conseguiu parar.
Aqui em Atlanta somos eu, ele e minha avó. Ela sim é um doce de pessoa, é a única coisa que faz querer-me sentir viva, ela alegra meu dia, assim como eu com certeza alegro o dela.
Eu vivo trancada no meu quarto porque meu pai surta e some com a chave da porta, mas o que ele não sabe é que eu fiz uma cópia desta bendita chave, quando saí para comprar um remédio, e quando ele não está em casa eu saio do quarto para cuidar a minha avó. Poxa, ela tem 74 anos, não é justo deixa-la sozinha enquanto eu estou sendo obrigada a ficar trancada no quarto.
- Vovó? -falei entrando no quarto dela e checando se meu pai não estava lá. - Vovó, você vai querer que eu faça seu almoço? Vamos aproveitar enquanto James não está em casa. Daqui a pouco ele volta bêbado e me tranca no quarto de novo. Vamos vó, me ajude por favor.
- Sky? Sky minha filha, por favor, não faça nada de errado. Volte para seu quarto. –disse-me receosa. Minha vó é tudo pra mim, não quero nem saber o que vou fazer quando ela não estiver mais presente.
- Vó, não precisa se preocupar. O James não é esse monstro todo não, com ele eu me ajeito depois. Eu consigo ficar sem comer, mas você não. Então vamos, vou preparar seu almoço, não saia daqui.
- Pra onde eu iria minha filha? Nós estamos trancadas em casa, você pode ter a chave do seu quarto, mas da porta da frente não.
- Vovó, eu ainda vou conseguir fugir dessa maldita casa, e eu juro que te levo junto. O James já está ficando louco. Ele tem que parar, parar vovó!
Desci as escadas  e fui para a cozinha. Precisava fazer isso logo, não sabia que horas James iria voltar e se ele me pegasse aqui eu iria me ferrar completamente. Pra você que está se perguntando o porquê de eu chamar meu pai de James, eu te falo: Como pai ele está morto pra mim. Aonde já se viu alguém  espancar e trancar sua filha no quarto, tratar a sua própria mãe como um cachorro e ainda por cima querer ser considerado uma boa pessoa? Se eu pudesse eu ligava pra polícia e mandava prenderem ele, mas... Não sei, eu não consigo.
Terminei de fazer o almoço, coloquei no prato e subi. Minha avó estava com bastante fome. Coitada dela, tão boa comigo e o filho babaca que ela tem, a trata mal. Sim, o James é um babaca, eu odeio ele. Quando estava terminando de lavar o prato de vovó ouvi o barulho da maçaneta. Fodeu. Eu estava perdida. Subi as escadas correndo, passei no quarto de vovó e avisei sobre James. Ela entendeu muito bem o que estava acontecendo, minha avó não é boba. Tranquei-me no meu quarto e dei graças a Deus por ter dado tempo de eu conseguir entrar aqui, caso contrário, não queria nem imaginar o que aconteceria se ele tivesse me encontrado lá na cozinha. Fiquei atrás da porta e consegui ouvir quando ele estava subindo as escadas, ele falava coisas sem noção, xingamentos e outras babaquices. Ele passou pelo meu quarto e bateu na porta. Dei um pulo pra trás.
- Sky? Estou com fome, vou abrir a porta e você vai fazer alguma coisa para eu comer. –fiquei em silêncio. –Ouviu, caralho?
- Ouvi James! –disse. Eu tenho tanta raiva dele! Ele era um ótimo pai, uma das pessoas que eu mais amava. Nós éramos como uma família feliz, aquelas de comercial de margarina, não tem? Mas ele se transformou totalmente depois do divórcio, e pelo visto agora está descontando em mim.
Sai do quarto sem dizer nem um pio, fiz o almoço dele enquanto ele tomava banho. Antes de voltar para o meu 'cativeiro' o fiz uma pergunta.
- James, você... é... você me deixaria trabalhar? Eu poderia trazer mais dinheiro pra cá, quem sabe não mudamos até de casa? -Exagerei, até parece que o salário de uma garçonete ou outro bico qualquer pode comprar outra casa. Ele parou de comer e me olhou. Ótimo, lá vem uma bronca, pra que eu fui fazer aquela pergunta?
- Da casa pro trabalho, do trabalho pra casa?
- Sim James.-Abaixei a cabeça.
- Tudo bem. Contanto que agora você ajude nas despesas da casa, já que eu banco você e sua avó sem nenhuma ajuda. -Ok, quem era aquele cara sentado à minha frente e o que ele fez com o James? Ele não estava tão bêbado como na hora que chegou, mas não estava totalmente sóbrio. Quer saber, vou aproveitar essa, daqui a pouco ele volta a “racionar” e não me deixa fazer o que estou querendo.
- Eu tenho que estar lá as quatro, já está quase na hora. Vou me arrumar, tá bom? -ele assentiu.
Subi para meu quarto. Nem estava acreditando que eu iria poder sair de casa. Para terem uma ideia, vai ser a terceira vez em dois meses que vou sair de casa, as outras vezes foi quando eu fui a farmácia comprar um analgésico para James e depois para pegar as contas que chegavam para nós, lá no jardim!! É, agora dá pra entender o porquê de eu estar tão feliz assim. Abri o meu armário e procurei alguma roupa que eu usava quando morava em Dallas, lá eu tinha uma condição muito melhor, por isso minhas roupas eram mais arrumadinhas. Tomei banho e me vesti. Avisei a vovó que iria sair para tentar conseguir um emprego e ela me desejou boa sorte.
Eu vou precisar vovó, e muita. -pensei.
Irei tentar uma vaga como garçonete em um bar que vi passando na Tv, é pelo menos isso tem no meu quarto. Cheguei lá e não tinha ninguém na fila para ser entrevistado. Ponto para Sky! –pensei. Me dirigi até uma moça que estava no balcão limpando alguns copos.
- Boa tarde, estou aqui para tentar uma vaga como garçonete.
- Ah claro. Prazer meu nome é Jane e qual a sua graça?
- Sky, é... Sky Annie Holmes.
- Ok, Sky Annie Holmes, - ela zombou - Você já pode começar. Vou te dar seu uniforme, você se troca e bora botar esse corpinho pra trabalhar. –disse.
Nossa, eu vou começar a trabalhar hoje, não precisou nem de ficha de inscrição! Jane pegou uma roupa meio justa e curta e foi me entregando. Mudei minha roupa e já estava pronta para o trabalho. A porta se abriu e o sino avisou que emprego acabou de começar.
- Seu primeiro cliente! - Jane gritou - Vá logo atendê-lo mocinha.
- Falando assim até parece que sou uma prostituta.- sussurrei para mim mesma. Dois caras que deveriam regular a minha idade se sentaram em uma mesa.
- Boa tarde, o que os senhores desejam?
- Você, gostosa! - exclamou um dos caras.
- Ryan, tem como você deixar essa piranha em paz e fazer logo seu pedido?
- Ei, ei, ei, eu não sou piranha não. Só tentei ser simpática no meu primeiro dia de trabalho e os dois já vem falando merda!
- Garota, você ta achando que ta falando com quem? - o cara de olhos cor de mel levantou e agarrou em meu braço com força.
- Qual é Justin, deixa ela ser feliz! – ele olhou pra mim. - Depois me passa seu telefone gata. - ele piscou pra mim. Idiota.
- Já disse que não sou vadia, nem piranha, nem nada, só sou uma garçonete. Por favor, hajam como clientes normais e peçam logo o que vão querer. –Justin bufou.
- Vou querer uma cerveja mesmo. Já to de saco cheio.
- Manda duas.
Que saco! No meu primeiro dia de trabalho eu tenho que atender dois idiotas que ficam me xingando? Peguei as duas cervejas e voltei pra mesa.
- Aqui estão seus pedidos, mais alguma coisa?
- Não. -ele disse seco.
- Tudo bem. - levantei minhas mãos e dei meia volta. Fiquei atrás do balcão igual  uma pateta sem fazer nada, só ficava olhando aqueles dois caras. Tão bonitos, mas tão babacas.
- Sky, infelizmente hoje não vai ser seu melhor dia aqui no seu trabalho.
- Ué, por que?
- O chefe mandou fechar tudo. Estou dizendo que vai cair um temporal e para todos irem para suas casas.
- E quando eu recebo meu salário?
- Calma gatinha, isso é só no final do mês.
- Tá ok. -Entrei e fui mudar de roupa. Quando voltei Jane já estava pronta para ir embora.
- Sky, estou indo. Vá logo pra casa, a chuva vai começar a qualquer instante.
- Mas aqueles dois ainda estão aqui.
- Se vira. Avisa aos gatos que estamos fechando. - ela entrou em um carro cinza e foi embora. 
Nem pra me oferecer uma carona!
- Com licença, é... eu tenho que fechar o bar. Vai cair um temporal e era para todos estarem em casa. -Quando terminei de falar, ouvi um trovão e depois um barulho de chuva.
Ótimo, agora vou ter que voltar na chuva.
- Te levamos pra casa. Vem, iremos no meu carro. - o tal Justin disse.
- Eu não vou. -protestei.
- Ah, vai sim! - ele me segurou pelas pernas e foi me levando para seu carro como se eu fosse um saco de batatas, agindo como um completo idiota.
- Me solta! Me solta! Que saco, você é surdo? - é parece que sim -. O outro homem abriu o carro e me colocaram no banco de trás.
- Eu dirijo. - Ryan falou e Justin entrou atrás comigo para garantir que eu não fugisse.
- Se vocês não sabem, isso aqui é sequestro!
- Então tá garota. Fica na chuva e morre de pneumonia.
- Nossa, muito obrigada hein!
- Qual seu nome? - Ryan perguntou mudando completamente de assunto.
- Meu nome é Sky. –disse em um sussurro.
- Ryan, vamos pra minha casa. Quando a chuva passar eu levo ela pra casa, seja lá onde for.
- Como assim 'quando a chuva passar'? Eu quero ir embora agora.
- Mas não vai, eu que mando aqui. - ele gritou. - Então você cala sua boca e quando essa porra de chuva passar você vai pra sua casinha e volta pra sua vida de merda.
- Você é um babaca! Nem te conheço e eu já te odeio!
- Somos dois, agora fica quieta!

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Gostaram do primeiro capítulo? Se sim, por favor, divulguem a fic! 
Beijos <3

AGRADECIMENTOS: @whomccan

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